A notícia mais comentada na última semana foi sobre o lançamento de transferências de valores da Caixa Econômica Federal em parceria com Visa. Conforme anunciado, os clientes Caixa que possuem cartão de débito com bandeira Visa agora poderão realizar transferências de valores utilizando a plataforma do WhatsApp.
Apesar de a novidade ser muito comentada, existe muitas dúvidas de como irá funcionar e se de fato, esse tipo de transação será segura.
Como funciona essa transferência de valores?
A modalidade que nasceu para facilitar o processo de transações financeiras pode ser um pouco complexo no inicio, principalmente para quem não domina tanto de tecnologia. Antes de tudo, é necessário ter um Cartão de Débito Virtual CAIXA. Através desse link, você consegue criar o seu cartão de débito virtual.
Já quem vai receber o dinheiro precisa ter um cartão com a função débito ou pré-pago de uma instituição financeira cadastrada no WhatsApp. Se a pessoa não tiver um cartão cadastrado, poderá configurá-lo em até dois dias, caso contrário, a transação não será realizada, sendo estornado o valor para a conta de quem enviou o dinheiro.
É importante enfatizar que essas transferências de valores são apenas para o território brasileiro e não estão disponíveis para contas jurídicas, apenas transferências entre pessoas físicas.
Como realizar o cadastro
No site oficial da Caixa Econômica, temos o passo a passo de como cadastrar o cartão de débito virtual no WhatsApp:
- Clique no ícone R$: Em uma conversa com algum contato e clique no ícone com o cifrão R$. (O ícone fica ao lado esquerdo do ícone para compartilhamento de fotos e imagens).
- Cadastre uma forma de pagamento: Selecione o valor, o WhatsApp vai solicitar o cadastramento de uma forma de pagamento, clique em começar, aceite os termos e cadastre uma senha. Você também pode escolher a opção de autenticação com impressão digital.
- Insira seus dados: Depois, o seu endereço e por fim cadastre seu Cartão de Débito Virtual CAIXA gerado no Internet Banking, Aplicativo CAIXA ou CAIXA Tem.
Quais as vantagens dessa nova transferência de valores?
Assim como foi quando lançaram o Pix, esse tipo de operação também gera diversas dúvidas e receios se realmente esse tipo de transferência de valores é seguro. Ninguém pode garantir que essa é uma operação cem por cento segura, porque apesar de ser online a operação depende de quem está realizando. Como em qualquer outra operação bancária, a atenção deve ser redobrada.
O WhatsApp conta com diversas formas de proteção de dados, como autenticação por meio de senha pessoal e biometria. No Cartão de Débito Virtual CAIXA o cliente também conta com o mesmo padrão de segurança. Levando isso em conta, podemos dizer que a operação é mais segura do que ir até um caixa eletrônico e sacar dinheiro para pagamento. Claro, desde que haja atenção aos valores e número de conta na hora de transferir.
A principal vantagem desse tipo de transferência de valores é a praticidade que ela proporciona. Através dela é possível transferir dinheiro para amigos e familiares de forma rápida e segura.
Além disso, temos a comodidade, pois, é possível consultar de qualquer lugar e a qualquer hora o histórico de transferências realizadas, sem limites de extrato mensal, como ocorre nos caixas eletrônicos.
Somente a Caixa possui essa forma de transferência de valores?
Não, essa novidade em transferência de valores pelo WhatsApp foi lançada em maio do ano passado e sua implantação foi gradual. Com limites de transferência de até R$ 1.000 diário e R$ 5.000 por mês. A Caixa Econômica Federal era um dos principais bancos do país que ainda não havia aderido à idéia.
O uso do recurso estava disponível até o momento para clientes que possuíam uma conta bancária com cartões de débito, pré-pago ou combo com as bandeiras Visa ou Mastercard de um desses bancos: Banco do Brasil, Banco Inter, Bradesco, Itaú, Mercado Pago, Next, Nubank, Sicredi ou Woop Sicredi. Cartões de crédito não eram, e continuam não sendo válidos.
A decisão da Caixa Econômica em aderir essa modalidade de transferência de valores surgiu semanas após o Banco Central conceder aval preliminar para compras via WhatsApp com cartões de crédito ou débito da bandeira Visa, em meio aos planos do aplicativo de mensagem controlado pela Meta de lançar no Brasil ferramenta para pagamentos.