O selo de verificação, na versão gratuita, apareceu pela primeira vez em 2009, no Twitter e; no Instagram, somente um tempo depois, em 2014, quando esta rede social atingiu 300 milhões de usuários em todo o mundo, superando o tamanho da comunidade do Twitter e acirrando a concorrência. Para as duas marcas, a motivação ao estabelecer o selo de verificação foi a mesma: melhorar a autenticidade.
A verificação, desde o começo, serviu para ajudar o Twitter e a Meta — empresa proprietária do Instagram, Facebook e Whatsapp — a comprovarem a autenticidade dos perfis e identificarem os impostores por trás dos “perfis fake” com mais facilidade, protegendo os usuários e reduzindo o número de contas falsas e de spams. Entretanto, esse selo de verificação não estava à disposição para todos, mas apenas para perfis relevantes de criadores de conteúdo e influenciadores que cumprissem uma série de requisitos; ou seja, o critério de recebimento da verificação era avaliado pela própria plataforma, e não era algo que estivesse sob o poder de decisão do usuário.
Mas de 2009 a 2023, muitas coisas mudaram e, agora, tanto o Twitter quanto a Meta, criaram programas de assinatura para que os usuários possam pagar por privilégios e exclusividades em suas respectivas plataformas, inclusive, pelo selo de verificação.
Agora o selo de verificação é oficial
O que antes era conquistado por autenticidade e desempenho, agora pode ser adquirido mediante pagamento mensal.
No final de 2022, quando Elon Musk assumiu o cargo de CEO do Twitter, ele fez o lançamento da primeira versão do serviço de assinatura da plataforma, o Twitter Blue. Ao pagar US$8 por mês, o usuário passava a ter o selo de verificação em seu perfil, tornando-se premium no TT. Entretanto, essa primeira tentativa não obteve sucesso.
Nas primeiras horas após o lançamento da versão premium, diversas contas falsas começaram a comprar o selo de verificação para se passarem por influenciadores e marcas relevantes, como “perfis fake”. E, por conta disso, Elon Musk retrocedeu e tirou o Twitter Blue do ar, momentaneamente, até estabelecer critérios melhores, mais sólidos e seguros para evitar esse tipo de caos.
Um mês depois da primeira tentativa, que não teve sucesso, Elon Musk relançou o Twitter Blue, que é o serviço vigente de assinatura do TT. Agora, os usuários que quiserem ter o direito à compra da assinatura do Twitter, que inclui o selo de verificação, pagarão o mesmo valor mensal, de US$8, mas também precisarão cumprir a alguns pré-requisitos:
- Nome no perfil;
- Foto de perfil;
- Ter criado a conta há mais de 90 dias;
- Ter atividades registradas no Twitter, pelo menos, durante os últimos 30 dias;
- Não ter realizado alterações de nome, foto ou @, recentemente;
- Não ter sinais indicadores de que é um perfil fake ou spam.
A Meta, por sua vez, acompanhou as tendências e também já anunciou, recentemente, o lançamento dos primeiros testes de assinatura. O Meta Verified, que serve para o Instagram e para o Facebook, cobra entre US$11,99 e US$15 por mês para oferecer ao usuário o selo de verificação e o status de premium, com seus benefícios. Mas esse serviço não foi completamente liberado; até fevereiro de 2023, ele havia sido disponibilizado apenas na Austrália e na Nova Zelândia, com a promessa de expansão para os outros países, em breve.
O Meta Verified está sendo liberado para os usuários em ondas, ou seja, os interessados devem demonstrar o seu interesse na assinatura através de inscrições em uma lista de espera. Desse modo, a atualização vai sendo disponibilizada para o público, aos poucos.
Ao contrário do Twitter, Instagram e Facebook, o TikTok ainda não divulgou nada quanto a um possível interesse em oferecer a venda dos selos de verificação, mesmo tendo sido a plataforma social que mais cresceu no ano de 2022.
Os benefícios das assinaturas nas mídias sociais
Além de ser uma forma de movimentar e reinventar as plataformas de mídias sociais, as assinaturas como a Twitter Blue e a Meta Verified são uma nova forma de gerar de receita para as gigantes Twitter e Meta. Agora, não apenas o selo de verificação é pago, mas os maiores níveis engajamentos e a chance de ter as postagens aparecendo no topo da timeline, por exemplo, também serão privilégios dos assinantes das plataformas.
Os usuários que não possuem assinaturas, provavelmente, terão que se esforçar mais para gerar influência e ter um desempenho digno da concorrência de assinantes, que terão benefícios como:
Twitter Blue:
- Tweets mais longos com direito a até 4.000 caracteres;
- Uploads de vídeos mais longos;
- Respostas priorizadas nas conversas, ou comentários;
- Recursos e ferramentas exclusivos.
Meta Verified:
- Aumento de visibilidade das postagens;
- Maior alcance das postagens;
- Maior chance de descoberta dos conteúdos em buscas, por outros usuários;
- Maior visibilidade em seus comentários e recomendações;
- Recursos e ferramentas exclusivos;
- Suporte humano para problemas na conta.
Os serviços de assinatura serão disponibilizados via web, ou via app e os preços válidos para o Brasil ainda não foram divulgados.